Noite da Treta

Ontem foi noite de cinema - O Filme da Treta, com Toni (António Feio), Zezé (José Pedro Gomes) e mais uns quantos cromos como o Zé Cagado (Marco Horácio), o Bifinhos (José Raposo), o Lambretas (Rui Paulo), a mulher do Zezé (interpretada por Maria Rueff, mas da qual não sabemos o nome), o Galhetas (António Melo) e o agente Ramalho (Joaquim Nicolau).

Antes de partir e após uma visão apocalíptica que Zezé teve durante um espectáculo numa cabine de um peep-show, ele decide juntar-se à Ordem dos Caracolários Descalços, remetendo-se à clausura num mosteiro, mas antes de partir fala ao Toni numa mensagem que o seu pai, o ajudante de S.Pedro nas portas de entrada do céu, lhe tinha enviado, no entanto Toni não a ouve na totalidade e decide procurar o seu querido amigo que fugiu com o seu tão apreciado Toni-mobile.


Quando encontra o seu Toni-mobile e o seu Zezé, os dois amigos vão recuar no tempo e reviver as aventuras que levaram Zezé a abdicar de todos os bens materiais e a entrar em retiro espiritual.

A descoberta do caminho marítimo para Espanha montado em burro, a louca festa da feijoada com fados e um Frank Sinatra bem ao estilo português, um mega engarrafamento, lutas de galos em estilo oriental e a ida ao hospital são algumas das peripécias que ambos vão recordar.

Só no final, e depois de ter arranjado um extintor no mínimo surreal, é que percebermos o porquê da clausura de Zezé - a importância da amizade entre os dois e que foi reforçada através da mensagem enviada pelo ajudante de S.Pedro.

Sem dúvida um filme a não perder pelas sonoras gargalhadas que consegue arrancar com as situações menos inesperadas.

O cinema português está de Parabéns!
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