Live to Ride - Ride to Live

A todos os motociclistas desejo que Deus vos acompanhe por essas estradas fora.

2006/09/05

Parabens Freddie

Nasceu à 60 anos atrás, na ilha de Zanzibar, Farrokh Bulsara, a maior e uma das poucas vozes do Mundo, que nunca ninguém jamais irá esquecer.
Os seus pais, Bomi e Jer Bulsara, eram indianos de etnia persa. Farrokh foi educado na St. Peter Boarding School, uma escola inglesa perto de Mumbai, na Índia, onde deu seus primeiros passos no âmbito da música, ao ter aulas de piano. Foi ainda na escola que ele começou a ser chamado "Freddie"; com o tempo até os seus pais passaram a chamá-lo assim.
Depois de se formar na sua terra natal, a família muda-se em 1964 para Inglaterra devido a uma revolução iniciada em Zanzibar.
Freddie tinha dezoito anos. Lá, diplomou-se em "Design Gráfico e Artístico" na Ealing Art College, seguindo os passos de Pete Townshend. Este conhecimento mostrar-se-ia útil depois de Freddie projetar o famoso símbolo da banda.

Na faculdade ele conheceu o baixista Tim Staffell. Tim tinha uma banda na faculdade chamada Smile, que tinha Brian May como guitarrista e Roger Taylor como baterista, e levou Freddie para participar dos ensaios.
Em abril de 1970, Tim deixa o grupo e Freddie acaba como vocalista da banda que passa a chamar-se Queen.
Em 1981 fazem a primeira digressão na América do Sul, dão concertos nos maiores estádios de futebol. São apelidados de “loucos”, até àquela época, nunca uma banda de rock se tinha atrevido a fazer uma digressão com actuações exclusivamente em estádios. Conseguem reunir mais de meio milhão de fãs em sete concertos.

Em 1985 considerados já uma lenda e com mais de 80 milhões de discos vendidos, Freddie edita o seu primeiro trabalho a solo, “Mr Bad Guy”.
Neste mesmo ano, os Queen participam em dois grandes eventos: no Rock In Rio onde são a atracção principal dando duas actuações para 250 mil pessoas, e no concerto de solidariedade Live Aid levam ao êxtase o estádio de Wembley, sendo considerada a banda do dia pelo organizador Bob Geldof.
Fazem a última digressão em 1986 promovendo o álbum “A Kind Of Magic” que também serve de banda sonora ao filme “Duelo Imortal”. Actuaram em Budapeste dando o primeiro concerto de uma grande banda de rock no bloco de leste, levando ao rubro uma multidão sedenta por emoções fortes, e mais dois memoráveis concertos em Wembley. Knebworth Park é o cenário escolhido para o maior concerto realizado na Europa, 150 mil fãs tiveram a oportunidade de assistir ao último concerto da digressão e também dos Queen.
Em 1988 Freddie surpreende os fãs fazendo um álbum com Montserrat Cabelle, “Barcelona” é o seu título e dá origem ao tema dos jogos olímpicos de 1992.
Nestes anos Freddie raramente aparece publicamente, correm os primeiros rumores que pode estar a sofrer de uma doença grave.
É lançado “The Miracle” mas não são anunciados concertos, segue-se Innuendo, último álbum a ser editado durante a vida de Freddie.
Nos videoclips deste período Freddie aparece extremamente magro e debilitado.
Despede-se dos fãs em “Thease Are The Days Of Our Lives” que é a sua última aparição em vídeo.
Mercury era bissexual, mas só assumiu publicamente a sua condição, a 23 de Novembro de 1991, ao anunciar, que estava com SIDA. Parte em paz no dia seguinte.
Em 1995 é editado “Made In Heaven” álbum que reúne os últimos registos musicais de Freddie, consagrando uma carreira brilhante de um dos homens mais talentosos do nosso tempo. A sua voz e as emocionantes performances em palco, ficaram para sempre gravadas na memória de todos, não só dos que o amaram mas também nos que o odiaram. A sua música foi uma referência para os seus contemporâneos e acredito que serão muitas as gerações vindouras que hão-de ouvir e amar Freddie Mercury.
Freddie Mercury possuía uma energia única e contagiante, onde assumia total controle sobre as gigantescas plateias dos seus concertos.
"I still love you" - esta será para sempre uma frase imortalizada por esta voz singular.
Descansa em Paz Freddie - You live forever!